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Reajuste de até 39,9% nos Planos Qualicorp Ameaça o Bolso de Milhares



Qualicorp anunciou aumento de até 39,9% nos planos coletivos por adesão a partir de julho de 2025. Explicamos causas, impactos para os usuários e possíveis soluções se você é consumidor deles.

Quem usa planos de saúde da empresa, teve uma surpresa desagradável nos últimos dias. A Qualicorp causou estranheza ao informar que aplicará, em julho de 2025, reajuste de até 39,9% nos planos de saúde coletivos por adesão(como os da Bradesco saude por exemplo). Para muitos beneficiários, esta notícia veio como um choque — afinal, não é todo dia que se vê um aumento de quase 40% num contrato de plano. Vamos analisar os motivos, relações com a ANS e alternativas disponíveis aos usuários.

Por que esse aumento tão alto soa Planos Qualicorp?

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Reajuste de até 39,9% nos Planos Qualicorp

  • Natureza dos planos coletivos: Diferente dos planos individuais, os coletivos por adesão não têm teto fechado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Isso significa que operadoras, administradoras e entidades contratantes podem negociar reajustes livres — inclusive bem superiores aos autorizados pela agência

  • Impacto da sinistralidade e custos médicos: Com a cobertura de procedimentos hospitalares, exames e remédios cada vez mais cara, a “sinistralidade” (o quanto se gasta com utilização dos planos) disparam — resultando em repasse direto aos usuários .

  • Pressão regulatória e judicial: Reclamações diárias no Reclame Aqui mencionam medo de reajustes abusivos de até 39,9% . Além disso, o Procon‑SP já notificou a Qualicorp e outras operadoras por reajustes acima de 80% em 2022

Alguns usuários alegam que o aumento absurdo parece até de próposito para que cancelem o plano.

Como isso afeta os beneficiários?

  1. Danos ao orçamento familiar
    Em lares com renda apertada ou pessoas dependentes de cuidados contínuos, um salto tão grande significa cortar despesas, ansiedade e risco de ter que abrir mão do plano.

  2. Aumento de ações judiciais
    Muitos usuários já estão buscando a Justiça para conter os reajustes ou pedir devolução de valores considerados abusivos

  3. Queda na confiança
    A transparência é pouca, os cálculos não são claros e os canais de atendimento deixam dúvidas no ar — crescendo a sensação de falta de respaldo.

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Reajuste de até 39

O que você pode fazer agora

  1. Revisão Judicial
    A jurisprudência tem sido favorável: muitas decisões confirmam que reajustes muito acima dos parâmetros da ANS são abusivos — resultando em devolução de mensalidades já pagas. Contrate um advogado especializado para avaliar seu caso.

  2. Negociação com Administradora
    Entre em contato com a Qualicorp, exija o detalhamento dos cálculos e veja se é possível migrar para outra faixa ou plano com menor custo — lembrando que, em muitos casos, há prazos de carência

  3. Portabilidade ou troca de plano
    Se tiver tempo para carência, vale a pena municiar-se para migrar a um plano individual ou outro coletivo por adesão com índice mais equilibrado.

  4. Reclamar aos órgãos competentes
    Denúncias à ANS e ao Procon fortalecem a pressão para revisão de práticas abusivas e maior fiscalização


Perguntas Frequentes

1. Por que planos coletivos têm reajustes livres, mas os individuais são regulados?
Porque os planos coletivos são negociados diretamente entre administradora e operadora, sem limites da ANS — ao contrário dos individuais, que seguem regras de mercado.

2. Reajuste de 39,9% é legal?
Legal, dentro do contrato, mas jurisprudência e órgãos de defesa entendem que, sem justificativa técnica (sinistralidade, dados atuariais), é abusivo e passível de revisão judicial.

3. Como pedir revisão ou liminar?
Reúna boletos antigos, contrato e o comunicado oficial. Com um advogado, você pode entrar com pedido de liminar para suspender o aumento, impedir cancelamento e recuperar valores pagos indevidamente (nos últimos três anos).

4. Mesmo que eu questione, corro risco de perder o plano?
Não. A Justiça garante que seu contrato não pode ser cancelado por questionar o reajuste — apenas em casos de fraude ou falta de pagamento.

5. Portabilidade é possível nessas circunstâncias?
Sim. Se preencher os requisitos da ANS e considerar os prazos de carência, dá pra migrar para outro plano sem muitas barreiras — só fique atento às condições da transição


Conclusão

A alta de quase 40% nos planos coletivos da Qualicorp chega num momento delicado — entre custos correntes mais altos e famílias aperta-dores de orçamento. O cenário reflete tensão entre o que foi contratual e o que é razoável.
A boa notícia? Há caminhos práticos: revisão na Justiça, negociação, reclamações nos órgãos e migração responsável. O primeiro passo passa por estar bem informado, documentado e, claro, munido de apoio — seja jurídico, seja junto a órgãos competentes.

A saúde é um bem fundamental, mas o plano não pode virar peso. Entenda seus direitos, exerça-os, e siga firme — justamente pra que saúde continue sendo sinônimo de vida e não de dor de cabeça… nem com a fatura no fim do mês.

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