O Autismo é um transtorno global do desenvolvimento e há como identificá-lo precocemente. Além disso, existem tratamentos eficientes que podem interferir na evolução do quadro dos pacientes. Leia esse artigo e informe-se!
Muito tem sido falado sobre o Autismo hoje em dia e esse é um tema que tem assombrado muitos pais quando estão diante de uma criança (você ainda pode ler mais sobre problemas que acometem a infância) em desenvolvimento. O autismo foi diagnosticado pelo primeira vez por um médico austríaco, em 1943.
Primeiro é preciso deixar claro que ao contrário do que muito que se lê na internet, o autismo não necessariamente está ligado somente às causas genéticas. Autismo, a grosso modo, é uma alteração no curso do desenvolvimento humano e muitos pesquisadores (inclusive médicos neurologistas) da atualidade afirmam que as causas são multifatoriais, ou seja, uma combinação de fatores que podem evoluir para essa patologia (causas genéticas e ambientais).
Por isso, trazemos esse artigo de hoje para tentar esclarecer de forma acessível o assunto e também temos a intenção de mostrar que uma criança com diagnóstico autístico pode ter uma evolução satisfatória se for submetida aos tratamentos precocemente, o que tende a diminuir o comprometimento dos sintomas da doenças, que tem graus diferenciados.
Se você tem um filho que foi diagnosticado com Autismo, queremos que você se sinta acolhido! Leia com atenção esse artigo e procure ajuda de profissionais médico (psiquiatra infantil) e psicólogo (especialista em desenvolvimento infantil) para que o tratamento do seu filho se inicie o mais rápido possível. Isso fará toda a diferença e pode ser determinante para o desenvolvimento do seu filho!
O que é Autismo?
Autismo é a denominação dada a um conjunto de características derivadas de um desenvolvimento atípico. É sabido que a criança revela os sinais desse transtorno desde muito cedo, porém nem sempre quem cuida da criança é capaz de observar essa alteração no decorrer do desenvolvimento infantil. Por isso, abaixo iremos falar sobre os primeiros sinais, como identificá-los e saber quando procurar ajuda.
Apesar dos sinais precoces que podem ser avaliados por um profissional, de preferência pediatra, os comportamentos observados – através dos quais a desordem é diagnosticada – muitas vezes são detectáveis apenas a partir da idade de 12 a 18 meses.
As principais características do autismo são:
- alterações no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação;
- interesses restritos;
- comportamentos repetitivos;
- um processamento sensorial diferenciado;
- grande sensibilidade ao toque do outro;
- atraso na comunicação verbal ou até mesmo total ausência da fala (entre os 2 e 3 anos de idade)
Quais os sinais de Autismo?
É bem recente a lei (13.438/2017) que determina que o Sistema Único de Saúde tem que adotar em consulta pediátrica o uso de instrumentos ( de exame) que poderão detectar, precocemente, por exemplo, o transtorno do espectro autista, o que permitirá um melhor acompanhamento no desenvolvimento futuro da criança
Hoje no Brasil, tem sido adotado o IRDI com muita abrangência em várias regiões. Esse instrumento é resultado de uma Pesquisa Multicêntrica de Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil realizada entre 2000 e 2008 , coordenado pela Dra. Cristina Kupfer, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo- IPUSP.
No entanto, existem outros instrumentos para a detectar precocemente o autismo, procure conversar com o pediatra do seu filho, pergunte se ele conhece essa lei e busque informações sobre o instrumento que ele tem adotado na prática clínica com os pequenos. Vale frisar que esses instrumentos são indispensáveis, tendo em vista que os pequenos não falam e o profissional precisa ser criterioso para identificar qualquer sinal de sofrimento (falta de saúde) de uma criança.
Sinais de risco psíquico que podem desencadear em TEA:
- Grande irritabilidade
- Sensibilidade exacerbada ao toque
- Baixa ou nenhuma interação visual
- pouca resposta ao estímulo da voz
- quando a criança demonstra estar fixada em algum objeto
- prefere manter a atenção em objetos que nas interações com outros
- Contato visual pobre
- Grande sensibilidade aos barulhos ou sons ruidosos (como ventiladores, secadores e etc)
- estereotipias (agitação motora)
Quando procurar ajuda (indicações)?
Se perceber alguns dos sinais descritos acima no seu bebê, mesmo que ele ainda seja bem novinho, procure conversar com o pediatra. Se por acaso sentir que o profissional não está sensível ao seu olhar, procure uma segunda opinião. A identificação dos sinais precoces de autismo é de fundamental importância, as escalas de avaliação permitem mensurar os indícios apresentados de maneira a viabilizar o diagnóstico.
O olhar atento do profissional de saúde para os primeiros sinais de atraso facilita a investigação e o estabelecimento de um plano de cuidados eficiente.
Tratamento para o Autismo
O tratamento do autismo envolve intervenções psico educacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e/ou comunicação. O recomendado é que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção orientado a satisfazer as necessidades particulares de cada paciente.
Dentre alguns profissionais que podem ser necessários, podemos citar:
- psiquiatras,
- psicólogos,
- fonoaudiólogos,
- terapeutas ocupacionais,
- fisioterapeutas
- educadores físicos
E entre as terapias, podem ser aplicadas:
- Musicoterapia
- Equoterapia
- Educação Terapêutica (Lugar de Vida)
- Psicomotricidade
- Fisioterapia
- Integração Sensorial
Conclusão
Diante de tudo isso que falamos aqui, gostaríamos de frisar que o Guia do Corpo tem buscado ser uma revista informativa, comprometida com a saúde em vários aspectos, mas não temos o caráter médico científico.
Apesar disso, para essa matéria buscamos informações com profissionais da área, porém a nossa missão aqui é uma primeira, e mais rápida, abordagem sobre possíveis problemas que abrangem a saúde das pessoas.
Se você continua em dúvida e gostaria de informações mais aprofundadas, sugerimos que procure um especialista em saúde. Existe muita informação na internet que muitas vezes são até contraditórias! O melhor caminho é buscar um profissional sério e comprometido com o assunto.
Por último, gostaríamos de lembrar aos nossos leitores que as pessoas que têm autismo são dotadas de sentimentos e vontades assim como qualquer um de nós. E por isso devem ser amados e respeitados como são. Aqui no Guia lutamos pela diversidade, porque ser diferente é normal!
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